terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

e,

Quando minha boca fala palavras involuntárias
e você deslisa por entre meus dedos
e aquele espelho atrás da cama ainda reflete outro casal
tudo então está vazio

Onde estou eu, então?
O meu passado que se fechou em três portas trancadas.
Onde está você, que responde ao meu te amo.
Eu quis correr todos os dias,
para me fortalecer e ser mais, e ser maior

e ser homem.
Mas você se foi.
E você está, e eu minto, e eu firo, e eu machuco um pouco mais.
E eu sorriu, sabendo que o nosso amor é para sempre
porra nenhuma.

Toda a porra de todo um final de semana acumulada sobre o lençol
sangrado até o fim.
Mas você ainda está aqui, meu amor.
E eu te amo, só que não quero que seja assim, agora.
Eu quero morrer, quero morrer de alegria, de tristeza, de vomitar.

Eu vomito palavras e palavras, e versos e linhas brancas.
Vomito frustrações sobre você. Neuroses sobre você. Angústias sobre
você.
Então, meu amor, me segura quando eu cair dos vinte e nove metros.

Vinte e nove linhas necessárias que hoje eu te escrevi.

Nenhum comentário: