segunda-feira, 2 de março de 2009

How Can I Go Home With Nothing to Say

Quando entrou em casa, o rosto parecia mais marcado. Colocou na mesa os três livros que carregava, depois voltou para trancar a porta. Seus olhos varreram a sala. Sem querer ver, a viu
no sofá, silêncio expectante no rosto. Respirou fundo. Foi até lá. Envolveu os ombros dela com o braço direito. Na televisão, o telejornal. Deve ser o mesmo de ontem, ele pensou. Ela o encarou. Não disse nada, mas pediu. Ele não falou nada, mas respondeu. Lhe beijou o rosto. Ela olhou para a frente. Então. Nada. Ela desligou a TV. Ele se levantou, olhou para os livros na mesa, foi até a cozinha, pegou as chaves do carro, lhe entregou, os dois saíram, ele voltou , trancou a porta, esperaram sete minutos pelo elevador, cruzaram a garagem, ela sentou-se a direção e deu a partida. Um quilômetro e meio dali, ele desceu. Lembrou-se dos três livros. Lhe farão boa companhia, ele pensou. Bateu a porta com cuidado e desapareceu. Ela esperou em frente ao hotel por quatro minutos e meio antes de dar a partida no carro.

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